Muita gente nem reparou quando Evaristo Costa apareceu usando aquele cordão de girassol. Parecia só um detalhe no visual, mas virou a pista mais clara do que o jornalista vem enfrentando desde 2021. O acessório, que virou símbolo de deficiências invisíveis, acabou chamando mais atenção que qualquer explicação médica. E foi justamente por isso que tanta gente começou a perguntar sobre a vida real de quem convive com a doença de Crohn.

A história dele abriu uma janela para um assunto que costuma ficar escondido. Crohn não escolhe hora para incomodar e faz da rotina um vai e volta de sintomas, remissão, sustos e adaptações. Quem convive com isso sabe que o corpo dá trabalho, mas o emocional muitas vezes pesa mais que as cólicas.

Entre um dia bom e outro complicado, aparecem as dores insistentes, a diarreia que atrapalha a agenda, o cansaço que não passa e a perda de peso que ninguém entende direito. Cada gatilho, de comida a estresse, pode derrubar os planos.

Os médicos entram como equipe fixa: anti-inflamatórios, imunosupressores, ajustes na alimentação e, em alguns casos, cirurgia. Nada disso mágic0, tudo sob medida para tentar manter a doença quieta. Hoje a medicina avança com terapias novas e mais personalizadas, mas o acompanhamento constante continua sendo a única regra que não falha.

O caso do Evaristo acabou reacendendo um ponto que muita gente só lembra quando dói: nem todo problema de saúde aparece por fora. Às vezes, um simples cordão diz o que o corpo tenta esconder.

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Jornalista com registro no MT desde 2022, atuando na área desde 2019. Produtor de eventos desde 1998 e desenvolvedor web desde 2007, com foco em WordPress e conteúdo digital. No Pista Livre, é responsável pela criação, edição e estratégia dos conteúdos.